Para muitos brasileiros a música eletrônica está associada à música comercial, grandes festas e DJs conhecidos nos quatro cantos do mundo. E para “essa música” há uma boa cobertura da mídia, com vídeos, fotos, entrevistas, resenhas… Mas e o outro lado?
Em outras partes do planeta, sobretudo na Europa, a popularidade da música eletrônica foi construída por décadas. Muitos movimentos musicais estão fortemente ligados às transformações históricas de cidades e países, produtores e DJs desconhecidos do nosso público inspiraram (e inspiram) gerações, gêneros e tendências que depois se espalham para outros lugares, como o Brasil.
A música eletrônica pode ser inteligente, experimental, conceitual ou simplesmente diferente do que toca em 99% dos eventos brasileiros. Está na hora de descobrir coisas novas (que podem ser velhas, mas desconhecidas), ampliar o repertório e descobrir o que pensam os caras que estão na vanguarda musical, seja local ou global.
É exatamente isso o que você encontrará no |Electronic Standards|, um projeto editorial que inclui matérias, entrevistas, cobertura de eventos e crítica musical. À frente do site está Alain Patrick, dono de uma vasta bagagem musical e com passagens pela área musical de websites e revistas (como a revista Beatz), além de ter atuado como artist management de diferentes agências, o que lhe rendeu contato com nomes de peso da cena mundial.
Ficou curioso? Então confira abaixo o release do próprio Alain Patrick sobre as novidades do site para 2012. Clique nos links para ler as matérias ou acesse a página inicial do Electronic Standards.
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O projeto |Electronic Standards| inicia o ano de 2012 com grandes surpresas: artistas cujas décadas de jornada musical proporcionaram conhecimento e sabedoria suficientes para discorrer sobre relações de tempo e causalidade na música.
Entre os nomes entrevistados, temos um dos DJs pioneiros da Música Eletrônica no Brasil e mestre dos toca-discos – Magal – que nos conta do seu passado frente a clubes como Madame Satã, Rose Bom Bom, Hoellisch, Cais e Columbia e do crescimento das cenas brasileiras de House, Techno e Electro.
Tão expressivo quanto é o relato exclusivo do ícone da vanguarda eletrônica da França, Richard Pinhas, sobre os fundamentos e as sonoridades que deram forma ao universo da música eletrônicamente produzida dos dias atuais. De certo, um dos aspectos mais interessantes desta consolidação musical se deve ao crescimento de uma nova geração de inquestionáveis talentos, capazes de absorver o seu legado cultural e se tornar multi instrumentistas, tal qual o caso da sensação da Polonia Kuba Sojka.
Um pouco mais a respeito deles:
Além de ser residente dos importantes projetos Boogie Nights (Disco-Boogie/Caos), Discommend (Influências) e Old School Friends (Techno/Vegas), DJ Magal retoma em 2012 o Madchester, festa itinerante dedicada aos sons do lendário clube Haçienda. Em entrevista para nós, o desbravador da cena club contemporânea falou dos tempos em que começaram a chegar os primeiros discos de gravadoras como a Factory (vide ‘Blue Monday’ do New Order), além de Synth Pop, EBM, Acid House e Techno, quando a cena eletrônica estava em franco desenvolvimento criativo. Para saber mais sobre o sensacional evento itinerante Madchester ou para tirar quaisquer dúvidas referentes ao nosso herói DJ Magal, favor entrar em contato no manager@electronicstandards.com.
Foto acima: Silvana Garzaro
Em noite de muitas divagações filosóficas, musicais e experimentais, o grande mestre francês da eletrônica de vanguarda Richard Pinhas compartilhou aspectos importantes do seu ilustre savoir musical e ontológico para o ‘Electronic Standards’, incluindo raros sintetizadores análogos e modulares que utilizou em suas obras primas, sua parceria com Gilles Deleuze e os estudos tao a frente do seu tempo sobre ‘Musica de Repetição’, conceito primordial que norteia até hoje a nossa música eletrônica.
Suas criações sonoras tais quais ‘Variations Sur Le Theme des Bene Gesserit’ (Chronolyse, 1976) trouxeram conceitos, perspectivas e abordagens que se tornaram essenciais do nosso tão querido universo.
O eterno poder de se reinventar faz com que a música, assim como as demais formas de arte sigam encantando através dos tempos. Nesta busca pela singularidade, encontram-se aqueles que realmente fazem a diferença. Em entrevista exclusiva, o trompetista, pianista e tecladista que se tornou a nova sensação da cena eletrônica polonesa Kuba Sojka nos relata a sua meteórica e muito bem fundamentada trajetória, assim como de seus impressionantes lançamentos recentes.
Foto acima: Magdalena Jendyk