Aspirantes, amantes da música e DJs profissionais com certeza contam com toneladas de músicas. E aposto alguns trocados que uma boa parte de vocês deve guardas suas músicas de qualquer jeito no seu computador, certo?

Esse é um problema extremamente comum e que muitos DJs, principalmente os das antigas que usavam vinis e CDs, devem ter lutado muito pra conseguir solucionar.

Existem alguns princípios que podem tornar essa tarefa bem menos difícil. Peguei algumas dicas de um site gringo muito bacana, chamado Digital DJ Tips, que vai deixar sua biblioteca musical muita mais organizada e fácil de remexer na hora de aprontar seus sets para suas apresentações.

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Use um programa a parte para organizar suas músicas: o seu software de DJ é sua cabine. Lá você vai simplesmente executa o seu trabalho como DJ. E quando se trata de organização musical você tem que utilizar outro programa. A maioria das pessoas utiliza o iTunes porque a maneira como você organizar suas músicas por lá vai aparecer da mesma maneira no seu software DJ. O iTunes é como uma prateleira de vinis e CD que você pode organizar da maneira que for mais cômoda pra você.

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Monte uma pasta para cada gig: DJs que tocavam com CDs ou vinis nunca levavam sua coleção inteira com ele para uma apresentação. Você também não deve fazer isso. De preferência, crie uma pasta ou uma playlist com o dobro de músicas que você vai precisar pra cada apresentação. Mas trabalhe de verdade nisso, coloque sua alma ali. Perca realmente horas pesquisando, montando e siga rigorosamente a playlist que você criou especialmente para o devido evento (seja esse evento uma gig, uma mixtape, um podcast). Isso vai forçar você a pensar mais sobre suas escolhas musicais e vai acabar com a sua síndrome de pânico na hora do vamos ver.

Tenha menos músicas: Sua coleção musical é definidamente enorme. E o que acontecia com a galera do vinil é que eles separavam seus discos em duas sessões: aquela que eles tinham certeza que tocariam e uma outra com as músicas que raramente tocavam. Com a era digital tudo tende a ficar agrupado no mesmo lugar. E o pior: você junta muito mais músicas por serem mais baratas e, teoricamente, ocupam menos espaço. Maaaaas, isso é uma cilada, Bino! Uma biblioteca de poucas músicas mantém você focado na qualidade, então você pode regularmente fazer aquela limpeza no seu som. Se você tem uma música guardada no seu computador há mais de ano e você nunca a tocou em lugar nenhum, não vai ser agora que você vai mudar de ideia, certo? Considere deletá-la ou, se você tem muito apego, movê-la para uma pasta chamada “Nunca toquei”. Também pode deixa-las guardadas em um HD de backup, bem longe da sua biblioteca principal. Ah! Mantenha também as suas músicas de não-DJ (do seu dia a dia, daquela banda de rock que você curte, etc) totalmente fora do seu iTunes.

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Sempre adicione a arte de capa de suas músicas: Especialmente para aquelas músicas que você costumava ter um CD ou vinil. Quero dizer, adicione a capa que te lembre qual música era de tal capa de CD. O apelo visual pode ajudar bastante e vai te fazer lembrar na hora qual era a música de tempos atrás que você estava procurando. Você encontra facilmente essas imagens pelo Google Images e demora só alguns segundos no iTunes para você adicioná-la à sua música, ou substituir pela imagem que aparece atualmente.

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Use as características de classificação digital ao seu favor: com os CDs e vinis físicos você tinha poucos sistemas de triagem para trabalhar (por ordem alfabética, por gênero, por data de compra). No meio digital você pode usar todos esses e muito mais. Você pode classificar suas músicas por gênero, BPM, data de lançamento, data de adição, em ordem alfabética por artista, em ordem alfabética por título. Conforme você for planejando seus sets e montando suas pastas ou playlists utilize todas as ferramentas de classificação para selecionar minuciosamente suas músicas de maneira significativa. Usando as playlists inteligentes do iTunes seu trabalho pode ficar ainda mais esmiuçado (“tudo de 1988 a 1992 marcado como techno e house”).

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Seja ousado com os gêneros musicais: É tentador deixar o nome do gênero original como era quando você comprou um arquivo de música, mas simplesmente não faz sentido. Se você toca única e exclusivamente House, deixar sua música classificada como House não vai te ajudar de maneira alguma. Mas se você é um DJ mais eclético que toca desde country a EDM e passando por rock, ter categorias mais abrangentes como essas citadas é muito mais útil do que Deep House, UK Garage, etc. A questão é, você precisa escolher entre seis a dez categorias que fazem sentido pra você e então substituir a informaçãoo de “gênero” em seus arquivos com elas, em cada uma de suas músicas. Quando você ordenar ou filtrar por gênero, a faixas associadas umas com as outras devem parecer um conjunto coerente de música para você, algo que você poderia fazer uma mixtape bacana ou DJ set.

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Use o campo de comentários ao seu favor: DJs costumavam colar adesivos em seus discos há um tempo arás com informações como tom, BPM, etc. É claro que hoje essas informações estão dispostas digitalmente pra você, mas você pode utilizar o campo de comentários do iTunes e do seu software DJ pra adicionar outras informações úteis pra associação entre músicas e deixa-las mais fáceis de encontrar.

Quando você começar a pensar nos seus arquivos, pastas e playlists da mesma forma como se associa CDs e vinis como uma coleção física, você colhe os benefícios do digital e anula os inconvenientes. Logo você nem vai sentir falta de como as coisas eram antigamente e vai se beneficiar de coisas como o histórico do seu software DJ (que mostra tudo o que você já tocou nas suas apresentações), a triagem, filtragem de músicas e playlists inteligentes do iTunes e vai perceber que a mudança da sua forma de interagir com as suas músicas vai muito além do que na mídia física.

A dica final é: sempre que estiver classificando seus arquivos no iTunes, tenha algo tocando junto. Conhecer suas músicas é o passo mais importante de todos.